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Em depoimento, Valeixo diz que Bolsonaro nunca pediu acesso a investigações

Segundo Valeixo, a motivação da troca seria por questões de ‘afinidade’.

Nesta segunda-feira (11), o ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, prestou depoimento no inquérito que investiga uma suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro no órgão.


Em Curitiba, o delegado afirmou que o presidente decidiu tirá-lo do cargo por desejar alguém com mais afinidade.

Valeixo fez questão de dizer que nunca recebeu pedidos do presidente para obter acesso às investigações ou a inquéritos sigilosos.

Valeixo disse que, em sua visão, “a partir do momento em que há uma indicação com interesse sobre uma investigação específica, estaria caracteriza uma interferência política, o que não ocorreu em nenhum momento sob o ponto de vista do depoente”.

Ele também destacou que a ‘afinidade’ foi uma questão que pesou na decisão do presidente.

“Em duas oportunidades, uma presencialmente, outra pelo telefone, o presidente da República teria dito ao depoente que gostaria de nomear ao cargo de diretor-geral alguém que tivesse maior afinidade, não apresentando nenhum tipo de problema contra a pessoa do depoente; que o depoente registra que o presidente nunca tratou diretamente com ele sobre troca de superintendentes nem nunca lhe pediu relatórios de inteligência ou informações sobre investigações ou inquéritos policiais”, registrou Valeixo.

O ex-diretor também pontuou defesa de desempenho do delegado que comandava a a corporação no estado do Rio de Janeiro, mas negou que o presidente da República tenha pedido qualquer informação sobre investigações.

“Não lhe foi solicitada nenhuma informação por parte da Presidência da República sobre investigações ou inquéritos em tramitação na superintendência do Rio”, disse em depoimento.

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