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Carta apreendida em presídio de Presidente Bernardes contém nova ordem de execução de promotor de Justiça

Documento estava nas roupas de um preso que cumpre pena na penitenciária. Lincoln Gakiya foi o autor do pedido de remoção de 22 chefes de facção criminosa para presídios federais.

Atualizado 23/09/2020 às 07:56

Carta apreendida em presídio de Presidente Bernardes contém nova ordem de execução de promotor de Justiça

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco — Foto: Wellington Roberto/G1

Não era para o promotor de Justiça Lincoln Gakiya conceder entrevistas e prosseguir no combate ao crime organizado. Pelo menos não nos planos da principal facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas e em todo país. Os bandidos querem a morte dele há quase dois anos e os planos para executá-lo seguem ativos.

É o que aponta uma carta apreendida na última quinta feira (17) na Penitenciária 1 de Presidente Bernardes (SP). Ela é bastante direta. Existem várias referências ao nome “Lincon”, também tratado como “japoneis”, por palavrões e como “tirano”.

O motivo para isso e para a ordem que está sendo dada é claro. É uma retaliação pelas transferências dos líderes da quadrilha para presídios federais.

Lincoln Gakiya foi quem fez o pedido de remoção de 22 chefes da facção para presídios federais, o que ocorreu em fevereiro do ano passado. Antes de serem transferidos, em dezembro, o comando já havia repassado um “salve”, uma ordem para os integrantes, se fossem transferidos, o promotor deveria morrer.

Carta apreendida em presídio contém nova ordem para matar promotor de Justiça

A carta apreendida em Presidente Bernardes reforça que há o aval e o apoio do comando para acabar com a vida do promotor. Há ainda uma cobrança para os bandidos que estão nas ruas: a missão deve ser concluída o mais breve possível.

O autor da carta é Wesley Ferreira Sotero, de 25 anos, conhecido como “Magrelo”. Ele cumpre pena de 17 anos de prisão por roubo e tráfico de drogas. A carta estava escondida nas roupas dele, mas foi localizada por um agente durante uma revista pouco antes de uma consulta odontológica dentro do próprio presídio.

O Ministério Público acredita que a carta seria repassada a outros presos que ficariam responsáveis por mandar a informação para a rua, mais especificamente para um setor da quadrilha conhecido como sintonia restrita. Um setor especializado em planejar e praticar assassinatos.

O promotor segue com um forte de esquema de segurança, que envolve grupos de elite da Polícia Militar paulista.

Mesmo ameaçado, ele segue o trabalho e reforça que o caminho para os bandidos que planejam atentar contra a vida dele vai ser o mesmo dos chefes da quadrilha.

Fonte:G1

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